Depois de apanhada ainda verde, em Setembro, a maçã camoesa era disposta em cima de móveis e armários, sob finas camas de palha, e assim ficava a perfumar as casas.
A ideia era sobretudo armazená-la, para que amadurecesse lentamente, pelo outono e inverno fora. Ia-se consumindo à medida que ia ganhando um tom mais amarelo, sinal da doçura crescente.
É assim esta maçã: dura meses, sem precisar de frio.
Mas essa é só uma das suas características especiais - a par do sabor - que virão em parte do microclima do Cabo Espichel, do ar do mar e daquela terra argilosa e férrea.
Segundo um estudo realizado na Escola Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, no Monte da Caparica, a camoesa, também conhecida como maçã férrea da Azóia, possui níveis consideravelmente mais elevados de antioxidantes e polifenóis, quando comparada com a Fuji, a Golden ou a Starking. Além das propriedades anticancerígenas, tem benefícios para quem sofre de anemia e diabetes.
Fomos buscá-la à Azóia porque é única e maravilhosa!
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Sr. António Sedas, aos 84 anos, cheio de saúde e orgulhoso da sua colheita. É ele quem trata do pomar, inclusive da poda das mais de 200 macieiras.
Algumas macieiras deste pomar são quase centenárias. Outras, mais jovens, têm 20 anos.
Maçãs que caíram com a chuva, usadas para consumo caseiro, em compotas e marmelada.
Armadilhas para apanhar moscas, que evitam o uso de insecticidas químicos. A receita do líquido que atrai os insectos e os afasta das maçãs é antiga e tem alguns segredos.
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